sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Viriato - Prólogo


Caros amigos. Aqui fica um prólogo para um possível romance focado na lenda de Viriato, que a conta através da perspectiva de um dos seus amigos mais próximos.



PRÓLOGO

No momento em que Viriato foi traído, ele estava lá. Ele viu o seu corpo sem vida enquanto parte dos seus camaradas fingia pesar pela morte do seu líder, chocado, identificou trejeitos e olhares mal disfarçados em quatro dos chefes guerreiros, Glabra, Vimar, Lissum e Cássipo e com um juramento de vingança traçou o seu destino. Ele chamava-se ????? e esta não é a história do famoso Viriato mas sim a sua história, um simples pastor amigo de Viriato convertido a guerreiro cujo destino o levou até ao coração da Batalha com Roma na Ibéria e a grandes feitos.

Viriato foi um grande líder, deu esperança ao seu povo lutando para lhes garantir uma Lusitânia livre do jugo dos romanos. Estes tomavam-no por um bárbaro pastor rebelde que lutava recorrendo a tácticas de milícia no meio das serras lusitanas, por Mir, era bem mais que isso! Viriato não almejava apenas uma Lusitânia livre, almejava uma Ibéria livre e unida capaz de fazer frente a Roma.

E ainda vos apresento um discurso de Viriato ao seu povo antes de uma batalha:

“- Filhos da Lusitânia. – fez uma pausa, esboçou um sorriso de afecto e disse - Irmãos!   Hoje mostraremos a Roma o nosso fogo e daremos a provar o nosso aço. Assim como vós, eu escolhi estar aqui e esta escolha é o que nos torna honrados e é o que nos define como homens livres. A liberdade de poder lutar por viver mais um dia envoltos pela beleza da nossa nação, a liberdade de poder ver os nossos filhos e netos correrem pelos vales e rebolarem na relva, crescerem, tornarem-se artesãos ou pastores, gerarem a sua linhagem e morrerem gordos de cabelo branco. Hoje o final do dia será vermelho como o sangue, mas saberemos que demos tudo para tornar possível a continuação do nosso paraíso. Aqui e hoje nós lutamos! Aqui e hoje nós dançamos com a morte!” - Apontando a sua falcata para os céus Viriato gritou – “LUSITÂÂÂNIA!!”

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